Sacode Sapucai
Fevereiro ferve em festa, frívola e faceira
Funde, confunde, aposta na dobra
De quem aguarda no recuo da bateria feiticeira
Formato de tamarindo redondo ou retrato do
Sátiro quadradinho
Repousa a rapousa laranjuda e familiar aos olhos
De quem vê
Já diz o ditado “quem muito vê, pouco exerga”
Após o silenciar dos bumbos e pandeiros
Sobra o gari que sabe que já não há mais chance
Em se tornar famoso simplesmente por ser o gari
Da Sapucaí
Hoje em dia o samba já não é mais suficiente
Ele olha pra cima e vê uma rachadura no concreto
Da arquibancada
Quando será que ela vai cair?